No dia 27 de junho de 2019, haverá mais uma exposição da artista plástica e poeta, Maria Dolores Wanderley, nascida em Natal e radicada no Rio de Janeiro há quase 40 anos. A exposição que será realizada no Ipanema 159, na Rua Joana Angélica, 159 a partir das 19 horas, conta com a curadoria de Renato Rezende e terá 24 quadros, todos criados usando os recursos do iPad e impressão em Fine Art.
Durante os últimos anos Dolores tem se dedicado a produzir imagens digitais únicas, desenhos digitais, que imprime e assina numa atualização contemporânea da milenar arte do desenho, que, como sabemos, servindo originalmente como esboços ou estudos para pintura, relacionam-se ao ato de pensar e à poesia. Assim são os desenhos desta exposição, sugestivamente intitulada “Caniços”, atuando na rica mão dupla da poesia e do desenho.
“Pois, se por um lado os desenhos de Dolores atualizam a forma e o suporte do desenho, aproximando-os a uma releitura do pop, agora pleno de leveza e tropicalidade; por outro funcionam como poemas visuais que remetem às praias e às tardes preguiçosas e ensolaradas de seu Nordeste natal”, afirma Renato.
Há dois anos que a artista vem se dedicando a este tipo de desenho / pintura. Dolores diz que seu inconsciente capta o que vai acontecer e se expressa através do iPad. O seu trabalho é de dentro pra fora, como uma pintura. São poucos os poetas que conseguem construir uma linguagem lírica com potência expressiva tanto na forma literária como na visual. Maria Dolores Wanderley pertence a esta rara linhagem.
Apenas aparentemente ingênuas, as obras de Maria Dolores Wanderley agradam e comovem porque se despem de toda artificialidade para sustentar (coisa sempre difícil) uma aposta na leveza da vida humana.
Ela já fez colagens e pinturas com os dedos, mas se apaixonou em pintar pelo iPad. Seu contato com as possibilidades que o tablet oferece para quem desenha se deu por acaso. Recebeu um de presente para preparar aulas e eventualmente fotografar. Sem querer, descobriu uma paleta de cores fascinante e foi experimentando. Ficou empolgada e passou a desenhar ininterruptamente. Depois veio a necessidade de um suporte. Através de amigos artistas chegou à impressão Fine Art, técnica que os fotógrafos estão usando.
Ela usa o radar do poeta, por ser poeta, com a síntese da poesia que ela emprega no desenho que nas cores do iPad se tornam verdadeiros quadros.
SOBRE A AUTORA.
Maria Dolores Wanderley é artista plástica, poeta, contista e romancista.
Publicou: Rumores de Azul (poesia-2001); Mar Espesso (poesia-2003); A Duna Intacta (poesia-2006); Paralelo 5 (contos-2010) um ensaio fotográfico-poético sobre as formas (2010); Ao Rés do Chão (poesia-2013); Cosmocrounch (contos-2014); Esperando a Hora da Stella (poesia-2016) Baracho (romance-2018).
Em 2007 e 2009 organizou junto à Casa da Ciência da UFRJ os ciclos de palestras “Geologia para Poetas” com a participação de grandes nomes das Ciências Geológicas brasileiras e da Poesia luso-brasileira, e que resultou na edição de uma revista primorosa.
Expôs por três vezes, inicialmente colagens, no Centro Cultural Horácio Macedo da UFRJ, a última, em 2016, sob curadoria de Renato Rezende –Bachelor of Arts pela Universidade de Boston, Mestre e Doutorando em Arte e Cultura Contemporânea no Instituto de Artes da UERJ.
Dolores nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, mora no Rio de Janeiro para onde veio há quase quarenta anos completar seus estudos e trabalhar como Professora Associada no Departamento de Geologia da UFRJ.
SERVIÇO
EXPOSIÇÃO: “Caniços", de Maria Dolores Wanderley.
CURADORIA: Renato Rezende
ABERTURA – 27 de junho, das 19 horas, às 22 horas.
DURAÇÃO: de 27 de junho até 25 de julho, das 11 h às 23:30 h, todos os dias.
LOCAL – Restaurante Ipanema 159 – Rua Joana Angélica, 159 - Ipanema. Em frente ao Metrô Nossa Senhora da Paz.
REALIZAÇÃO:
Espaço Cultural Marilene Carvalho.
Assessoria de imprensa da exposição e produção: Maria Fernanda Gurgel
@maria_fernanda_gurgel
