No Reino de Carimã / S.O .S. Vila Verde
(Maria Fernanda Gurgel, 118 págs.)
Lançamento do Livro realizado na Livraria Argumento (Leblon) 1997
A peça "NO REINO DE CARIMÃ", conta a história de uma linda rainha que tinha o maior orgulho da sua beleza. Ela só se preocupava em manter-se cada vez mais linda. Gastava horrores em cremes importados, massagistas, estilistas, banquetes e festas e não reinava em Carimã, que estava abandonada e a verba que sobrava, bem a que sobrava, ia para o bolso dos ministros, uns verdadeiros especialistas em notas superfaturadas. No caso, qualquer semelhança é quase mera coincidência. Seu filho Pedro, politizado, vendo que sua mãe nada fazia por Carimã, vai assumindo o reinado aos poucos. Com isso se confronta com sua mãe, que o acha totalmente fora da realidade por querer melhorar a vida social e econômica de Carimã.
Um dia a rainha acorda, olha-se no espelho e vê que sua beleza a abandonou, pois cansou de suas futilidades. Algum tempo depois, a rainha aceita esse abandono, depois de ter entrado em profunda depressão e, junto com seu filho, reina de uma maneira justa e digna em Carimã.
A segunda, "S.O .S. VILA VERDE", conta sobre Vila Verde, uma cidadezinha do interior onde foi instalada uma fábrica de plástico perto do principal rio e da Lagoa Dourada. Esta fábrica, entretanto, está poluindo toda a cidade, causando até intoxicação na Sereia Dourada, grande orgulho da cidade, que mora na lagoa. Penalizados com os estragos que a fábrica tem causado, cinco crianças, uma avó e uma mãe, que passam as férias numa fazenda a 20 km da cidade, conscientizam-se de que é preciso fazer alguma coisa para impedir a degradação total de Vila Verde. E assim começa um duelo entre essas pessoas e o prefeito da cidade, que é a favor da fábrica por causa dos altos impostos arrecadados.
Prontas para serem encenadas nas melhores salas de teatro da cidade, "No Reino de Carimã" e "S.O .S. Vila Verde" têm tudo para ser sucesso, não só entre a garotada, mas, principalmente, entre os pais ávidos por programas mais "cabeças" para seus pimpolhos.
Litteris Editora
PREFÁCIOS
NO REINO DE CARIMÃ
A autora nos surpreende com sua exuberante fantasia, transportando-nos a reinos de contos de fadas mas, guiada pela sóbria e dura realidade, a que maltrata o indivíduo quando a justiça não consegue reinar.
O elevado pensar da linha menina-escritora, Maria Fernanda Gurgel, expõe o sonhado universo onde encontram-se, consubstanciados, os ideais da infância e os da vida adulta.
Utilizando a Cena com talento singular, ela consegue inocular no espírito jovem, as sementinhas de frondosas árvores, como a da Justiça e a da Moral, preparando-o para tornar-se partícipe na construção de um Mundo melhor.
Eunice Khoury (Escritora e vice-presidente da Rádio Imprensa)
"No Reino de Carimã acontecem coisas inacreditáveis. Nessa terra ‘fictícia’, longe daqui, aqui mesmo, uma rainha muito fútil gasta quase todo o dinheiro do reino para cuidar de sua beleza. São quilos de cremes importados, banquetes e bailes a consumir a verba da corte. O que sobra, bem o que sobra, vai para o bolso dos ministros, uns verdadeiros especialistas em notas superfaturadas. No caso, qualquer semelhança é quase mera coincidência.
Maria Fernanda Gurgel, em mais uma incursão à dramaturgia para o teatro dedicado às crianças, aposta numa fábula completamente integrada à realidade, sem que, com isso, sua história dispense os vitais elementos dos contos de fadas. Uma grata surpresa, que esperamos, em breve, esteja em nossos palcos."
Lúcia Cerrone (Crítica de Teatro Infantil do Jornal do Brasil)
S.O.S. VILA VERDE
Prezado leitor-mirim,
Este é um livro feito com muito amor, de alguém que lhe quer muito bem, e que pensa em seu futuro. De alguém que vive neste mundo azul, consciente de que pode fazer algo por ele, pois nosso planeta anda adoentado. Este alguém deseja ensinar-lhe a colocar as coisas nos seus devidos lugares, e conta com você para devolver à Terra toda a sua beleza e serenidade. Este alguém é a autora do livro, Maria Fernanda Gurgel. Leia este livro com atenção, ouça a Senhora Lua e os habitantes de Vila Verde.
De posse destes fatos, ensine, você também, às pessoas que encontrar, a respeitar o lugar em que vivemos. Toque-as com suas palavras, ensine-as a amar a Terra.
E agora um papinho com gente grande.
Prezados leitores,
Extraordinária é esta peça que vem em socorro da Natureza, despertando nas crianças, com ótimas idéias de cena, o respeito à Mãe Natureza e a responsável consciência face à atual realidade ecológica.
... – Sou a música que mora em cada um de vocês, sou a sabedoria que todos têm... Vocês todos possuem a sabedoria, mas devem desenvolvê-la. É uma questão de observar, refletir, de ler...
A Natureza é o Homem. O Homem é a Natureza. Tudo é unidade. O ideal é a harmonia que forma esta unidade.
A Música não pode faltar. A Música não se explica, mas sabemos que existe em cada ser humano, transcendendo sua objetividade física.
E o Amor rege, nestas páginas, a Grande Sinfonia.
Maria Fernanda Gurgel tem o dom de criar um mundo completo, com todos os seus matizes, e o poder de sintetizá-lo dentro dos limites exigidos pela frágil ribalta. É como se o mundo se espelhasse ou, simplesmente, se resumisse numa única flor.
A elegância e delicadeza de sua alma se refletem nos personagens que, mesmo possuindo pequenos defeitos – naturais em nossa condição humana – estão prontos para acertar, aprender, melhorar, crescer.
A autora aposta no Homem e zela pela Natureza. Joga no Homem e seria capaz de tudo para consertar e embelezar o mundo, a nossa Terra, sabendo que não há Terra sem Natureza. Uma não vive sem a outra.
Maria Fernanda nos oferece este livro-presente, abrindo a consciência dos pequeninos, indiretamente alertando os grandalhões, aconselhando-nos, como fariam pais que muito amam os filhos, temerosos por seu futuro, ameaçado pela morte da Natureza.
Eunice Khoury (Escritora e vice-presidente da Rádio Imprensa)
"Na difícil arte de escrever para o teatro infantil, Maria Fernanda Gurgel surge como uma grande promessa. Seu enredo, cheio de tramas paralelas muito bem encadeadas, por certo encontrará no público leitor os maiores entusiastas para que a obra chegue o mais depressa possível ao palco."
Sura Berditchevsky
(Atriz, autora de peças infantis, diretora de teatro e coordenadora do curso de teatro Villa Lobos)